Mulheres possuem mais riscos escondidos da apneia do sono do que os homens
O impacto da apneia obstrutiva do sono (AOS), uma síndrome caracterizada pela interrupção repetitiva da respiração durante o sono, pode ser mais severo nas mulheres do que nos homens. Pesquisadores descobriram que as reações do corpo, como a pressão alta e o suor, são menos pronunciadas em pessoas com apneia do sono e, em particular, nas mulheres.
O estudo conduzido por pesquisadores do laboratório do sono da Universidade da Califórnia, Los Angeles, incluiu 37 pacientes homens e mulheres com AOS que não receberam nenhum tratamento para o distúrbio e 57 com controles saudáveis, todos oriundos da comunidade de Los Angeles.
No geral, os pesquisadores observaram que reações involuntárias corporais, chamadas de ajustes dinâmicos para funções autorreguladoras, incluindo alterações no batimento cardíaco, pressão arterial, suor e dilatação das pálpebras, foram fracas nas pessoas com AOS. No estudo, os participantes fizeram três atividades físicas durante a medição cardíaca: expiraram o ar com força, apertaram a mão com intensidade e puseram um pé em água fria. Em todos os exames, as mudanças dos batimentos cardíacos foram mais baixas e atrasadas nos pacientes com AOS.
Em adição, os pesquisadores descobriram que mulheres com AOS apresentaram níveis mais altos em cada sintoma. Eles concluíram que mulheres com AOS podem parecer mais saudáveis, tendo a pressão arterial normal por exemplo, o que pode conduzir ao erro no diagnóstico. Por isso, mulheres podem ser mais propensas a problemas de saúde mais sérios associados à AOS, como problemas cardíacos.
A fim de compreender melhor as diferenças encontradas no presente estudo, os pesquisadores declararam que investigarão os efeitos dos tratamentos como pressão positiva contínua nasal, uma terapia comum da AOS, no qual uma máquina é usada para ajudar os pacientes a respirarem melhor durante o sono.
O estudo, intitulado “Respostas dos batimentos cardíacos aos Desafios Involuntários na Apneia Obstrutiva do Sono” (Heart Rate Responses to Autonomic Challenges in Obstructive Sleep Apnea), foi publicado na revista PLOS ONE.