As inovações no mercado odontológico são bem-vindas, no entanto o que nós assistimos hoje são verdadeiras evoluções, que mudam todo o conceito de saúde e estética ao redor do mundo. Este é o resultado da parceria ciência e tecnologia, incluindo através de novos conceitos e muita pesquisa novos materiais e novas alterativas.
Será que estamos preparados para distinguir tudo isso? Eu respondo, claro que sim. Ao desviar nosso olhar para as novidades, que não precisam ser inventadas, podem simplesmente ter novas indicações, muitas possibilidades surgem. É o caso da toxina botulínica tão comum para a medicina, agora na odontologia tem lugar garantido e merece destaque. Pensamos logo em estética, eliminar ruguinhas, ficar com a aparência suave e porque não? O dentista que não perceber que a saúde e a estética tem a mesma proporção para o paciente, precisa observar a sociedade competitiva que vivemos.
A toxina botulínica é um importante coadjuvante no tratamento das dores faciais, bruxismo e apertamento dentário, tão inconvenientes ao paciente quanto para o profissional que perde a faceta ou a coroa tão bem preparada para uma mordida com força incontrolada. Intervir nas dores e danos da DTM através de uma aplicação rápida e praticamente indolor da toxina a cada semestre, sem depender de placas e ter a musculatura equilibrada 24 horas, é uma solução muito interessante.
Sorriso gengival é estética? Deixaria o periodontista dizer, mas qualquer profissional conhece as doenças periodontais nos dentes anteriores causadas pela exposição gengival constante, e o tratamento é realizado em pontos específicos com uma quantidade tão pequena de toxina que nos faz pensar onde estava este biomaterial que não chegou antes. O reconhecimento do paciente é evidente e não precisamos nos preocupar muito com o marketing, é o próprio trabalho que refletirá através do “novo” sorriso a dedicação, o conhecimento e excelência do profissional.
O custo de alguns biomateriais são realmente alto, mas cabe a nós profissionais mostrar aos pacientes os benefícios reais e o que tem atrás daquela gota ou do pequeno mini-implante explicando suas vantagens.
Este dispositivo tão pequeno irá substituir muitas vezes o extraoral que deveria ser utilizado 16 horas. E a tranquilidade de ter em nossas mãos o controle do tratamento? Nos mini-implantes a tecnologia é evidente. O titânio recebe o alumínio e o vanádio para ter uma liga mais resistente permitindo a inserção destes pequenos dispositivos em espaços reduzidos de forma rápida e simples com uma anestesia local. Verticalizar ou distalizar um molar inferior antes era impossível e com o atendimento multidisciplinar instalar um implante onde antes seria uma ponte fixa por falta de espaço, assim ganhamos todos: pacientes e profissionais. O design deste que parece um parafuso é tão elaborado, que suas roscas, cabeça, conicidade são exemplos de tecnologia eficiente e eficaz.
Os biomateriais são muitos e o profissional necessita de discernir qual indicar e ter o domínio de como utilizar. Não há crescimento sem dedicação, informação e conhecimento; contudo a saúde e o sorriso de nosso paciente nos norteiam por esse caminho.
VIA | Dental Tribune